A rede de supermercados Carrefour passou a responder criminalmente na Justiça Federal por um caso de poluição ambiental ocorrido em Santos, no litoral de São Paulo, após o derramamento de óleo diesel com aditivo.
O incidente aconteceu durante a madrugada do dia 4 de maio de 2021, quando aproximadamente dois mil litros do combustível vazaram de um sistema de geradores instalado em uma das unidades do Carrefour. A substância escoou para galerias de águas pluviais, alcançando diversas praias da cidade e provocando a morte de animais marinhos.
Conforme detalhado pelo Ministério Público Federal (MPF), que moveu a ação judicial, a contaminação também afetou moradores da região, que relataram dificuldades respiratórias devido ao odor intenso do produto químico.
A origem do vazamento foi atribuída à falha de uma braçadeira corroída, cuja deterioração decorre, segundo o MPF, da ausência de manutenção adequada.
Na avaliação do órgão, houve negligência por parte da empresa tanto na prevenção quanto na resposta imediata ao problema, o que agravou as consequências ambientais.
“A conduta esperada da ré seria efetuar o monitoramento do local, a manutenção e a substituição periódica preventiva da braçadeira e da tubulação, em vez de manter a braçadeira enferrujada. Também era conduta esperada comunicar o vazamento do óleo imediatamente ao Poder Público, em vez de, para evitar que fosse identificada como a causadora da poluição, ocultar o fato e limpar o local, destinando o óleo para o ralo que drenava para a galeria e ao escoamento das águas pluviais que deságuam no mar”, apontou o procurador da República Antonio José Donizetti Molina Daloia.
Se a empresa for condenada, poderá ser obrigada a pagar multas, financiar ações de reparação ambiental e até sofrer a interdição da loja envolvida, conforme explicações do Ministério Público. E mais: Selic pode atingir maior nível desde 2006 após nova decisão do Banco Central. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC)