A SpaceX alcançou um marco importante neste domingo (13) ao recuperar com sucesso o propulsor do megafoguete Starship, após um voo de teste que durou pouco menos de nove minutos. A manobra, considerada crucial para tornar o foguete reutilizável, foi acompanhada de perto por entusiastas e pela própria Nasa, que parabenizou o feito.

O propulsor, batizado de Super Heavy, foi capturado por braços mecânicos apelidados de “palitos”, instalados na torre de lançamento. Um vídeo da operação foi compartilhado pela SpaceX. “Este é um dia para os livros de história da engenharia”, declarou um porta-voz da empresa durante a transmissão ao vivo, enquanto a equipe comemorava o feito.

Elon Musk, fundador da SpaceX, celebrou o sucesso com a frase: “A torre capturou o foguete”, publicada em sua rede social, X. O lançamento ocorreu às 7h25 no horário local (9h25 em Brasília) sob céu claro. Embora o propulsor tenha retornado à plataforma, a parte superior do Starship pousou no oceano Índico uma hora depois.

Este voo marcou o quinto teste do Starship, com Musk comentando: “Segundo dos dois objetivos alcançados”. A SpaceX já havia conseguido uma amerissagem bem-sucedida no mesmo oceano em junho.

A meta da empresa é que tanto o propulsor quanto a parte superior do foguete sejam recuperados e reutilizados após cada voo, visando a um aumento no ritmo de lançamentos e redução de custos. O Starship, o maior foguete do mundo, é visto como fundamental para os planos da SpaceX de colonizar Marte. A Nasa, que conta com o programa para futuras missões à Lua, também felicitou a empresa.

O foguete tem uma estrutura gigantesca: a fase Super Heavy mede 70 metros de altura, enquanto a nave Starship, acoplada no topo, eleva a altura total para 120 metros.

Desafios e controvérsias
A SpaceX se dedicou por anos a desenvolver a tecnologia necessária para a captura do propulsor. “Dezenas de milhares de horas” foram gastas na construção da infraestrutura para garantir o sucesso, revelou a empresa.

O Starship amerissou no oceano Índico por volta das 10h30 de Brasília, repetindo o sucesso de testes anteriores. Imagens das câmeras a bordo mostraram o retorno através de uma densa camada de plasma, causada pela fricção com a atmosfera terrestre. A SpaceX informou que revisou o escudo térmico da nave, substituindo por ladrilhos de “nova geração”.

Apesar dos avanços, a SpaceX enfrenta desafios não apenas tecnológicos, mas também regulatórios e ambientais. Nas últimas semanas, a empresa criticou publicamente a lentidão do órgão regulador de aviação dos EUA (FAA), que autoriza os voos. Musk, que apoia o republicano Donald Trump nas próximas eleições americanas, chegou a pedir a saída do chefe da FAA.

A empresa também lida com críticas de grupos ambientais que acusam a SpaceX de poluir as áreas ao redor da base de lançamento, localizada próxima a uma reserva protegida. As operações da empresa, especialmente o uso de grandes quantidades de água para mitigar as ondas acústicas durante o lançamento, têm gerado polêmicas.

Após o primeiro teste em 2023, que danificou a plataforma de lançamento, a SpaceX adotou medidas para conter o impacto ambiental e físico das decolagens, mas ainda enfrenta resistência de organizações ecológicas. E mais: Tempestade em São Paulo deixa mais clientes sem luz do que furacão na Flórida. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo)

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