Até a próxima terça-feira (2), acontece o 26º Festival de Cinema Brasileiro em Paris, na capital francesa, que este ano presta homenagem ao renomado ator e diretor Antônio Pitanga, figura ícone do cinema brasileiro. O evento, sediado no prestigiado cinema de arte L’Arlequin, oferecerá ao público parisiense, turistas e brasileiros na cidade a oportunidade de conhecer o Brasil através das telas do cinema, com a exibição de 30 produções nacionais legendadas em francês, abordando uma variedade de temas, desde a disputa política eleitoral até a riqueza da Floresta Amazônica.
Um dos destaques do festival é a produção “A Invenção do Outro”, dirigido por Bruno Jorge, que acompanha uma expedição liderada por Bruno Pereira em busca de contato com indígenas isolados.
Ana Arruda, da Sétima Cinema, empresa especializada em exibição e distribuição de projetos de cooperação internacional entre Brasil e França, destaca a importância histórica do festival para o cinema brasileiro, não apenas como vitrine, mas também como ponto de encontro para profissionais do setor em busca de talentos e oportunidades de coprodução.
Além disso, o evento apresenta obras que exploram diferentes aspectos da cultura brasileira, como o documentário “Chic Show”, de Emílio Domingo e Felipe Giuntini, que narra a história do baile paulistano que marcou as décadas de 1970 e 1980 com ritmos como funk, soul, rap e pagode, e o filme “Mussum, o Filmis”, de Silvio Guindane, que retrata a trajetória do humorista Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, dos Trapalhões.
Outras produções em destaque incluem o documentário “Nas Ondas de Dorival Caymmi”, de Locca Faria, que revela a criação das obras musicais do baiano Dorival Caymmi, e a ficção “Meu Nome é Gal”, de Dandara Ferreira e Lô Politi, que aborda o movimento Tropicália e seu impacto na música brasileira.
O festival também apresenta o documentário “Utopia Tropical”, de João Amorim, que aborda a ascensão e queda dos governos de esquerda na América Latina, a partir de uma conversa entre o linguista Noam Chomsky e o embaixador e ex-ministro Celso Amorim.
Na mostra competitiva do festival, destacam-se produções como “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, “Betânia”, de Marcelo Botta, “Nosso Sonho”, de Eduardo Albergaria, “Pedágio”, de Carolina Markowicz, “Pérola”, de Murilo Benício, “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges, “A Batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito, e “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, de Bia Lessa.