Duzentas e setenta e duas cruzes de madeira foram meticulosamente instaladas nesta quinta-feira (25) no gramado central da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília.

A iniciativa, liderada pelo deputado federal Pedro Aihara (Patriota-MG), representa um apelo por justiça em memória das vítimas do trágico rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, situada em Brumadinho (MG), região metropolitana de Belo Horizonte.

A tragédia, considerada uma das maiores catástrofes ambientais e trabalhistas do Brasil, completou cinco anos exatamente às 12h28 desta quinta-feira. O rompimento da barragem, que pertencia à mineradora Vale, deixou um saldo de 272 vidas perdidas, incluindo duas mulheres grávidas. Três corpos ainda permanecem desaparecidos.

Cada cruz cuidadosamente posicionada diante do Congresso Nacional carrega o nome de uma das pessoas falecidas no evento que originou o rompimento da barragem I (B1).

Esse incidente resultou também no colapso de outras duas barragens (B-IV e B-IV-A) da mesma mina. Segundo o governo de Minas Gerais, aproximadamente 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram despejados, afetando não apenas as áreas circunvizinhas, mas também rios, cursos d’água e, consequentemente, ao menos 26 cidades. Os danos ambientais e socioeconômicos impactaram consideravelmente o estado.

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