A possível venda da SAF da Portuguesa pode ultrapassar em valor as negociações de clubes como Cruzeiro, Botafogo e Vasco. Conforme noticiado por Jorge Nicola no portal R7, um grupo de conselheiros da Portuguesa recebeu uma carta de intenções de um fundo inglês, com capital árabe, que sinaliza interesse em investir R$ 1,5 bilhão ao longo de 30 anos.
A proposta, apresentada pelo ex-deputado Vicente Cândido, tem como foco principal três áreas: retorno do clube à elite do futebol brasileiro, quitação das dívidas e o aproveitamento imobiliário do terreno do Canindé. A primeira parcela, de US$ 25 milhões (R$ 136 milhões), seria paga assim que o contrato fosse assinado. Em seguida, outros US$ 50 milhões (R$ 272 milhões) seriam destinados ao pagamento das dívidas, e um terceiro valor de US$ 25 milhões serviria para investimentos no futebol e em outras modalidades esportivas.
Além dos R$ 900 milhões que seriam aplicados em projetos imobiliários, o fundo pretende transformar o Canindé em uma arena com capacidade para 36 mil pessoas nos jogos, e até 43 mil em eventos. Também estão previstos dois edifícios comerciais, uma nova sede social, um hotel e cerca de 4.800 vagas de estacionamento.
A estratégia de retorno financeiro inclui a venda dos naming rights dos novos espaços, com uma projeção de arrecadar R$ 1 bilhão. A Portuguesa manteria 50% da SAF e o controle sobre o futebol, que passaria por um processo de profissionalização.
Entretanto, antes que as negociações avancem, o fundo estipulou três exigências: apresentação do balanço financeiro de 2023, que foi rejeitado pelo Conselho Deliberativo; um plano comercial de cinco anos; e um detalhamento completo das dívidas da Lusa. Esses levantamentos estão sendo financiados por conselheiros da Portuguesa, sem o envolvimento da diretoria atual.